A maioria dos países africanos tem vindo a aumentar a disponibilidade de cuidados de saúde sexual e reprodutiva nestas últimas décadas, mas muitas pessoas ainda continuam sem acesso a esses serviços essenciais. Esta ficha informativa apresenta evidência, válida em 2019, da necessidade, impacto e custo de um investimento integral em cuidados maternos e neonatais para as mulheres de 15 a 49 anos de idade, em 53 estados membros da União Africana.
O conteúdo desta ficha informativa está relacionado com a Declaração de Adis Abeba sobre a População e o Desenvolvimento em África pós-2014, que aborda a necessidade de melhorar a saúde materna e neonatal. A declaração recomenda que os governos se comprometam a eliminar a mortalidade materna e neonatal evitável, assegurando o acesso universal a cuidados pré- e pós-natais e ao planeamento familiar, e promulgando políticas que promovam os direitos dos indivíduos e casais a determinar livremente a altura e espaçamento dos seus nascimentos (Artigos 37 e 41).
Necessidade não satisfeita de serviços
- Dos 43 milhões de mulheres habitantes que dão à luz por ano nos estados membros da União Africana, muitas não beneficiam dos componentes essenciais dos cuidados maternos e neonatais recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
- 48% destas mulheres beneficiam de menos de quatro visitas de cuidados pré-natais.
- 40% não dão à luz os bebés num estabelecimento de saúde.
- 68% das que precisam de tratamento para complicações médicas durante a gravidez e o parto, não o recebem.